O mês de junho, assim como todo o primeiro semestre de 2022, foi marcado por forte oscilação nos mercados financeiros, impactados por temas que vem sendo acompanhados ao longo dos últimos meses: inflação global persistente, guerra envolvendo a Rússia e a Ucrânia, políticas restritivas dos principais Bancos Centrais (subida de juros), novos lockdowns na China em razão do Covid e receios quanto a uma recessão mundial.
Além disso, no cenário doméstico, as incertezas fiscais causadas pelo “furo” do teto de gastos e as eleições presidenciais cada vez mais próximas são elementos extras que atraem as atenções dos investidores locais e externos.
Assim, as principais bolsas ao redor do mundo apresentaram fortes quedas nesta primeira metade do ano, com destaque para o Ibovespa que caiu 5,99% e para o S&P 500 (índice das principais ações americanas) que desvalorizou 20,58% em seu pior primeiro semestre em décadas.
O cenário adverso teve reflexo até mesmo na renda fixa, com o IMA-B (índice que reflete os principais títulos públicos brasileiros atrelados à inflação) rendendo menos que o CDI no período, em função, principalmente, da abertura das taxas de juros.
Neste contexto de turbulência, os investimentos dos planos administrados pela Libertas também foram afetados, apesar de estarem positivos no ano.
Especificamente sobre os planos CD, a rentabilidade acumulada no semestre foi de 1,88% (-0,69% em junho) já que esta modalidade de planos está mais sujeita às oscilações advindas da marcação à mercado, além do fato de serem planos que possuem maior exposição aos segmentos de renda variável, investimentos no exterior e multimercado. Os planos BD, por outro lado, que possuem marcação de seus ativos na curva e sofrem menos oscilação, apresentaram retorno de 5,40% no semestre (0,04% em junho). Veja detalhes das rentabilidades mês a mês na tabela abaixo:
Plano/Mês | Jan/2022 | Fev/2022 | Mar/2022 | Abr/2022 | Mai/2022 | Jun/22 | 2022 |
Planos CD | -0,12% | 0,39% | 1,96% | -0,12% | 0,46% | -0,69% | 1,88% |
Planos BD | 0,91% | 1,02% | 1,68% | 0,62% | 1,02% | 0,04% | 5,40% |
Percebe-se, portanto, que o atual momento é desafiador. Por isso, a equipe de investimento da Libertas segue monitorando atentamente os desdobramentos do cenário macroeconômico de 2022, comprometida a entregar uma gestão sólida e segura dos recursos, sabendo que oscilações de curto prazo são comuns, principalmente quando se tem um horizonte de investimentos de médio/longo prazo inerente ao caráter previdenciário.
Neste sentido, a Fundação vem comprando títulos públicos federais com taxas expressivamente acima das metas atuariais/índices de referência dos planos e ajustando suas posições em ativos de renda variável, investimentos no exterior e multimercado que estão depreciados e com preços atrativos.
Isso significa dizer que a Libertas tem aproveitado as atuais oportunidades geradas pelo atual ciclo de baixa do mercado visando retornos consistentes no médio/longo prazo, para a formação de benefícios que promovam a aposentadoria e qualidade de vida de seus participantes.