Resultado dos investimentos: fevereiro de 2024 

Criado em em: 22 de março de 2024 / Atualizado em: 22 de março de 2024 Visualizações: 810

No mês de fevereiro, os dados econômicos internacionais surpreenderam negativamente e não trouxeram a confiança necessária para que os bancos centrais dos países desenvolvidos indicassem um início próximo do ciclo de cortes de juros. Tanto os dados de inflação acima das expectativas, quanto os dados de geração de empregos, sinalizaram economias ainda aquecidas, em especial nos Estados Unidos. Como consequência, houve um movimento de alta nas curvas de juros nas principais economias do mundo. Na política monetária, segue no radar as discussões sobre a sucessão da presidência nos EUA e desdobramentos dos tópicos estruturais mencionados.  

No Brasil, os dados fiscais trouxeram como destaque o nível de receitas da arrecadação federal com o indicativo para o mercado de que o governo teria um alívio para continuar em busca da meta fiscal no ano.  

Na política monetária, o índice de inflação (IPCA) divulgado no mês de fevereiro, referente a janeiro de 2024, mostrou-se acima das expectativas do mercado (0,42% realizado contra 0,21% esperado). Esse resultado foi puxado pelo núcleo de serviços, em função de uma economia com níveis de desemprego baixos e de salários com indicações de alta, estimulando o consumo e, consequentemente, elevando os níveis de preços. 

Na renda variável, o Ibovespa apresentou alta de 0,99%, recuperando uma pequena parcela da queda do mês de janeiro. Esse movimento ocorreu em função da menor incerteza quanto aos cortes de juros americanos que, apesar de postergado para o segundo semestre, continua sendo o cenário base para a maior parte do mercado. Na renda fixa, os títulos públicos de vencimentos mais curtos refletiram a resiliência da condução de política monetária pelo Banco central, mesmo que o ciclo de cortes tenha sido ameaçado em função da condução de política monetária americana. O índice de referência para esses ativos, o IMA-B 5, apresentou variação de 0,59% no mês. Já o IMA-B 5+, que reflete os ativos de vencimentos mais longos, também apresentou sinal de melhoria, mas ainda reflete a incerteza quanto ao desfecho em relação ao resultado primário do governo. Desta forma, o IMA-B 5+ obteve retorno de 0,51%.  

Diante deste cenário, as carteiras dos planos de modalidade Benefício Definido (BD) geridos pela Fundação Libertas apresentaram resultado de 1,08% no mês de forma consolidada. Cabe ressaltar que esta modalidade possui ativos marcados na curva e por isso apresentam volatilidade suavizada. Já na modalidade de Contribuição Definida (CD), os planos geridos obrigatoriamente devem precificar seus ativos de acordo com a marcação a mercado e, portanto, a carteira consolidada apresentou rentabilidade de 0,88% no mês.