Em dezembro, o destaque foi a continuação do movimento de queda das expectativas de taxas de juros globais, acompanhada pela forte valorização dos ativos de risco e depreciação do dólar. Contribuíram nesse sentido os dados baixistas de inflação e a suavização dos discursos sobre a condução da política monetária dos principais Bancos Centrais, com destaque para o Banco Central americano que optou pela manutenção da taxa de juros no patamar de 5,50% e sinalizou três cortes na taxa em 2024.
Diante deste contexto, os índices das bolsas americanas S&P 500 e Nasdaq tiveram valorizações de 4,42% e 5,52%, respectivamente. Além disto, também observamos uma valorização das bolsas ao redor do mundo, representada pelo ganho de 2,81% no índice MSCI World e também pelo índice de mercados emergentes (MSCI Emerging Markets) que obteve ganhos de 1,73%.
No Brasil, as contribuições externas ao cenário local também foram positivas. O índice Ibovespa manteve o comportamento altista alcançando 5,38% no mês, fechando o ano em 22,28%. Os índices de renda fixa atrelados à inflação, os IMA’s, influenciados pela tendência de corte de juros no mundo e, no caso brasileiro já iniciado, apresentaram 1,46% de retorno para os títulos de vencimento até 5 anos (IMA-B 5) e 3,94% para vencimentos superiores (IMA-B 5+). Além disso, o mês foi marcado pela aprovação de propostas importantes para equipe econômica do governo com objetivo de obter maiores fontes de receita.
Com base neste cenário apresentado, as carteiras dos planos geridos pela Fundação Libertas alcançaram, de forma consolidada, retornos de 1,66% no mês para os planos de modalidade Contribuição Definida (CD) e 1,05% para os de modalidade Benefício Definido (BD), contra 0,90% do índice de referência CD (IPCA + 4,09%) e 0,99% da maior meta atuarial dos planos BD (INPC + 5,40%). Cabe ressaltar que, conforme previsto na legislação vigente, os planos CD devem precificar seus ativos de acordo com a marcação a mercado, enquanto os planos BD ainda possuem ativos marcados na curva e por isso apresentam volatilidade suavizada.
No acumulado do ano, a gestão de investimentos superou as metas de rentabilidade dos planos em 3,28 e 1,34 pontos percentuais nas modalidades CD e BD, respectivamente, com as carteiras fechando 2023 com resultado nos investimentos de 12,19%, contra 8,91%, para os planos CD e 10,64% contra 9,30% para os planos BD, ambos de forma consolidada.