O surgimento da variante Ômicron na África do Sul tornou-se o foco das atenções em um mês dominado por discussões relacionadas à alta inflação ao redor do mundo. No Brasil, o risco fiscal contaminou a Bolsa e juros futuros.
Novos temas movimentaram os mercados em novembro, refletindo em pouca ou nenhuma definição de cenário macroeconômico. No panorama global, as incertezas permanecem por fatores como os dados de evolução da Covid-19 na Europa com a nova variante Ômicron do coronavírus (cujo impacto ainda é incerto), a dinâmica de atividade e inflação, e a atuação dos Bancos Centrais no mundo, principalmente quanto aos estímulos monetários e taxas de juros.
No Brasil, as principais discussões foram motivadas pela indefinição na questão dos precatórios, novos candidatos como possíveis terceira via na corrida eleitoral e a inflação ainda surpreendendo para cima. Com o ano eleitoral no radar e a subida da Selic em curso, os investidores estão ainda mais cautelosos.
Mesmo diante desse cenário, o resultado global dos planos CD, em novembro foi positivo, atingido 1,24%, contra um CDI de 0,59%, com destaque para a Carteira de Renda Fixa, que obteve 2,09% no mês. No ano a performance dos planos acumula 3,08%.
Quanto aos planos BD, apesar de serem menos expostos aos movimentos de curto prazo em razão de sua marcação na curva, o desempenho no campo negativo dos segmentos de renda variável e estruturados, refletiu no resultado global, que encerrou o mês de novembro com rentabilidade de 1,07%, inferior à meta atuarial que fechou em 1,26%.
Comparando o desempenho dos planos BD até o mês de novembro, à mediana da indústria de fundos de pensão calculada pela Consultoria Aditus, o resultado da Libertas é superior, sendo 8,19% da indústria versus 9,60% dos planos BD.
A Diretoria de Investimentos segue atenta as mudanças produzidas pelo cenário macroeconômico, providenciando, sempre que necessário, ajustes nas carteiras de investimentos, na busca da melhor relação entre risco e retorno dos seus investimentos.
Nova estrutura de investimentos
A Diretoria de Investimentos iniciou em dezembro a implantação da Nova Estrutura de Carteiras de Investimentos. Esta nova estrutura permitirá à fundação aumentar o número de estratégias dos portfólios dos planos, adequando as carteiras ao cenário macroeconômico de forma mais dinâmica, com gestão ativa dos recursos, por meio de gestores com expertises comprovadas. Além disso, a criação de novos fundos exclusivos reduzirá, sensivelmente, a concentração de parte relevante do patrimônio, permitindo uma melhor em relação de risco x retorno do Asset Allocation, a implantação de melhorias operacionais e de governança, e o reposicionamento da Gestão de Investimentos na estratégia, e não apenas na Seleção de Fundos. A expectativa da Gerência de Portfólio – GPORT, responsável pela implantação deste processo, é de que até o final do primeiro trimestre a estrutura esteja 100% implantada.