As incertezas do mercado doméstico seguem ditando o ritmo dos ativos brasileiros. O mês de outubro foi marcado por forte aversão ao risco em razão do difícil cenário fiscal, das altas taxas inflacionárias e do aperto na política monetária por parte do Copom que subiu a taxa básica de juros – Selic, para 7,75%.
A bolsa de valores encerrou o mês no campo negativo, com queda de 6,74%, assim como os principais índices atrelados à renda fixa, como o caso do IMA-B (benchmark que reflete o desempenho dos títulos públicos indexados à inflação) que sofreu queda de 2,54% no mesmo período.
No cenário internacional, as bolsas globais tiveram performances positivas de maneira geral, em que pese as preocupações em relação ao crescimento das principais economias.
Neste cenário, a ótima performance da carteira de investimentos no exterior da Libertas, que alcançou 8,13%, não foi suficiente para evitar a queda do resultado global dos Planos CD que foi de 0,91%. Como se sabe, estes planos possuem seus ativos marcados à mercado e são mais expostos às oscilações produzidas por cenários adversos.
Importante destacar que a marcação à mercado possui efeitos meramente contábeis, já que o reflexo desta precificação de curto prazo não afeta o rendimento final contratado dos ativos em hipótese de não ocorrer a venda antes dos seus vencimentos, como costuma ser de praxe nas entidades de previdência que possuem horizonte de longo prazo.
Aliás, conforme estudo realizado pela Aditus Consultoria Financeira, que atende um número expressivo de fundações, verifica-se que as rentabilidades negativas para Planos CD ocorreram de forma generalizada na indústria de fundos de pensão, afetando praticamente todas as entidades.
Já os planos BD, menos expostos aos movimentos de curto prazo em razão de sua marcação na curva (critério contábil específico para este tipo de plano de benefício) apresentaram retorno positivo de 0,44% no mês de outubro.
Rentabilidade acumulada no ano (134% do CDI): a rentabilidade geral dos planos da Libertas segue positiva, com os planos CD e BD, acumulando de janeiro a outubro, 4,05%, o que representa um retorno de 134% do CDI.
Comparativo com a indústria de fundos de pensão: no ano, a Libertas apresenta resultados superiores à mediana da indústria de fundos de pensão calculada pela Aditus. Para os Planos CD, a rentabilidade representa 164,73% da mediana da consultoria, enquanto os Planos BD têm retornos que representam 121,04%.
A Diretoria de investimentos segue atenta as mudanças produzidas pelo cenário macroeconômico, providenciando, sempre que necessário, ajustes nas carteiras de investimentos, na busca da melhor relação entre risco e retorno dos seus investimentos.