Resultados dos investimentos: setembro de 2023

Criado em em: 30 de outubro de 2023 / Atualizado em: 30 de outubro de 2023 Visualizações: 879

O mês de setembro perpetuou discussões sobre a elevação nas taxas de juros americanas, em especial para a Treasury de 10 anos, que é um título emitido pelo Tesouro dos Estados Unidos para o financiamento da dívida do governo e que é considerado por muitos a taxa de juros mais importante do mundo por se referir ao ativo de menor risco do mundo. Em função desse aumento, os ativos de risco a exemplo das bolsas ao redor do mundo apresentaram quedas, como demonstra o índice MSCI World que mede o desempenho do mercado em países desenvolvidos de empresas de grande e médio porte com presença global e resultou em reais um despenho de 2,78% no mês. Além disso, a atratividade em se investir nas altas taxas de juros dos EUA refletiu uma valorização do dólar frente às principais moedas globais.  

Nos países emergentes, para aqueles que já iniciaram seus ciclos de cortes de juros, o impacto foi de dúvidas em relação ao nível das próximas reduções. Já as bolsas, amargaram resultados com a saída de capital estrangeiro com a atratividade do mercado de renda fixa americano. O índice MSCI Emerging que acompanha o desempenho das bolsas de valores de 26 países emergentes apresentou desvalorização de 2,81%, em dólares.  

No cenário doméstico, os mercados se comportaram muito em função da dinâmica externa, conforme explicado anteriormente. Em função de uma possibilidade de perspectiva de manutenção de altas taxas de juros da economia norte americana, economistas se tornaram céticos às projeções do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, de que os cortes da SELIC chegariam a uma taxa de 9,00% ao final de 2024 e elevaram suas expectativas para a taxa para patamares entre 10% e 11%. Ainda na renda fixa, as discussões sobre o nível de receita do governo federal e a possível necessidade de ajustes na política fiscal, levantaram uma percepção de risco do cumprimento da meta do setor primário, o que gerou uma oscilação negativa nas taxas de juros de longo prazo do país. O índice IMA-B 5+ que é um indexador que reflete o comportamento dos títulos públicos de vencimentos mais longos,  deixou claro essa preocupação do mercado rentabilizando -1,92% no mês. Já na bolsa brasileira, apesar do resultado ruim nos mercados emergentes, o índice Ibovespa apresentou ganho modesto de 0,71% em setembro, após grande realização no mês anterior (-5,09%). Essa não correlação com as bolsas externas é explicada pela alta no ciclo de commodities, bastante ligada à economia brasileira de maneira geral. 

Resultado dos planos da Libertas  

Diante deste contexto, o resultado consolidado dos planos da Libertas foi de 0,54% no mês de setembro.

Os planos da modalidade de Benefício Definido, mais indexados à inflação, com mínima exposição à ativos de risco e com a possibilidade de marcação na curva, alcançaram 0,65%. Cabe ressaltar que a carteira consolidada dos planos de Benefício Definido, até este mês já obteve retorno de 8,02% no ano, 113,79% da maior meta atuarial (INPC + 5,40%), que alcança 7,05% no ano.  

Já os planos da modalidade de Contribuição Definida, que por exigência legal tem seus ativos de renda fixa marcados a mercado, obteve retorno de 0,46% no mês. O consolidado da modalidade de Contribuição Definida também demonstra resultados positivos em relação ao índice de referência dos planos, IPCA + 4,09%. No ano a carteira alcançou 8,49% de rentabilidade bruta contra 6,67% do índice de referência, demonstrando 127,27% da meta de rentabilidade.