O fechamento do 1º semestre de 2023 foi positivo para praticamente todas as classes de ativos financeiros, mesmo em um contexto incerto no qual novas altas de juros ainda podem ser implementadas pelo Banco Central Americano – FED.
O que se observou em junho foram altas relevantes nos principais índices acionários globais, com destaque para o S&P 500 que subiu 6,61% e para o MSCI World, com valorização de 5,93%, muito em razão de uma atividade econômica resiliente e do mercado de trabalho aquecido, apesar dos riscos inflacionários advindos deste cenário.
Já no âmbito local, as curvas de juros seguem em trajetória de fechamento e contribuindo para a apreciação dos ativos de renda fixa marcados a mercado. O IMA B, por exemplo, rendeu 2,39% no mês, bem acima do CDI que apresentou retorno de 1,07%.
Essas quedas nas curvas de juros podem ser explicadas pela inflação interna aparentemente acomodada, tendo ocorrido inclusive deflação no mês de junho (-0,10%), pela desvalorização do dólar frente ao real e pelo andamento das propostas relativas ao novo arcabouço fiscal e à reforma tributária.
Assim, o ambiente local aponta para um cenário mais previsível e atrativo para o investidor, o que já dá margem para crescerem as expectativas de que o início do ciclo de queda da taxa SELIC ocorra na reunião de agosto do COPOM – Comitê de Política Monetária.
Este contexto, somado ao fato da forte entrada de recursos estrangeiros, beneficiou também a renda variável, com o Ibovespa tendo apresentado forte valorização de 9% no mês, o que trouxe o índice para terreno positivo no ano.
Portanto, as rentabilidades os planos da modalidade de Contribuição Definida (CD), que por exigência legal tem seus ativos de renda fixa marcados à mercado e exposição a segmentos como a renda variável, foram notadamente beneficiadas pelos fatos citados acima. Por outro lado, os planos de Benefício Definido (BD), marcados na curva e com maior indexação à inflação apresentaram retornos menores em razão da deflação registrada.
Diante deste cenário, o resultado consolidado dos planos da Libertas foi de 1,21% no mês de junho. Os planos da modalidade Benefício Definido (BD), especificamente, tiveram retornos de 0,60%. Já os planos da modalidade Contribuição Definida (CD), apresentaram rentabilidade de 1,55%.