No mês de conscientização do combate ao câncer de próstata, reproduzimos abaixo trecho de matéria publicada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) que aborda a campanha Novembro Azul. Apoiadora das iniciativas que têm foco na saúde e qualidade de vida, a Libertas promoverá neste mês ações vinculadas ao Novembro Azul, como palestras, entrevistas e disseminação de conteúdo informativo. Aguarde.
Sete novos casos da doença surgem a cada hora. O diagnóstico precoce é essencial para cura. Homens devem procurar o urologista a partir dos 50 anos.
Estudo realizado este ano pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)¹ apontou que 51% dos homens nunca consultaram um urologista. Doença mais prevalente nos homens, o câncer de próstata tem estimativa de 69 mil novos casos² ao ano, ou seja, 7,8 novos casos a cada hora. A doença não tem prevenção, no entanto, seu diagnóstico precoce é essencial para o tratamento curativo. Hoje em dia, é possível até mesmo não retirar o tumor, quando ele é classificado de baixo risco, apenas acompanhar sua evolução, o que é chamado de vigilância ativa.
Para conscientizar a população da importância dos exames anuais a partir dos 50 anos, a Sociedade Brasileira de Urologia e o Instituto Lado a Lado pela Vida realizam o Novembro Azul. A campanha, idealizada pelo Instituto Lado a Lado Pela Vida, tem foco na conscientização do câncer de próstata no Brasil.
Ao longo do mês serão realizadas ações em todos os estados brasileiros, que contemplam a iluminação de pontos turísticos e monumentos, palestras informativas para leigos, intervenções em locais de grande circulação, além do VIII Fórum de Políticas Públicas e Saúde do Homem, que será realizado no dia 17 de novembro Dia Nacional de Combate ao Câncer de Próstata na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Pessoas da raça negra e quem tem familiares de primeiro grau que tiveram a doença devem procurar um urologista para avaliar a necessidade de iniciar seus exames a partir dos 45 anos, alerta o presidente da SBU, Carlos Corradi. O exame da próstata consiste no toque retal e na dosagem sérica do PSA no sangue.
A realização de exames nessa faixa etária está relacionada à diminuição de cerca de 21% na mortalidade pela doença em estudos de grande porte e longo seguimento.
O urologista é o profissional médico capaz de diagnosticar e tratar a doença. Por vezes, o auxílio do oncologista e do radioterapeuta é necessário. Na maioria dos casos iniciais, o paciente não tem sintomas e só a avaliação rotineira com o exame de PSA e o toque retal permitem estabelecer a suspeita e prosseguir na investigação, afirma o diretor de Comunicação da SBU, Carlos Sacomani.
Fatores de risco:
Idade (cerca de 62% dos casos são de homens a partir dos 65 anos)
Histórico familiar
Raça (maior incidência entre os negros)
Alimentação inadequada, à base de gordura animal e deficiente em frutas, verduras, legumes e grãos
Sedentarismo
Obesidade
Sintomas (só aparecem nos casos avançados):
Vontade de urinar com urgência
Dificuldade para urinar
Levantar-se várias vezes à noite para ir ao banheiro
Dor óssea
Queda do estado geral
Insuficiência renal
Dores fortes no corpo
¹ Estudo realizado em parceria com a Bayer com 3.200 homens, com mais de 35 anos, em oito cidades brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Curitiba) em julho de 2015.
² Estimativas para o câncer de próstata 2014 do Instituto Nacional do Câncer (Inca)
Fonte: http://www.sbu.org.br/?campanha-novembro-azul-2015