Panorama de mercado
O ano de 2022 frustrou grande parte das expectativas e previsões que vigoravam ao fim do ano de 2021 e foi marcado por diversas turbulências, com o mercado financeiro sendo impactado, principalmente, pela Guerra Rússia x Ucrânia, pela alta inflacionária global, pelo aperto monetário por parte dos Bancos Centrais com consecutivas subidas de juros e, ainda, pela política de lockdown da China em razão da pandemia do Coronavírus.
Todo este contexto trouxe indicativos para uma provável recessão mundial e impactou severamente os preços dos ativos, o que tornou o ano ainda mais desafiador para os investidores.
No segmento de renda variável, por exemplo, a maioria das bolsas apresentaram desempenho negativo, com destaque para os resultados de -24,68% do S&P 500 (índice de ações americanas), -24,70% do MSCI World (índice de ações globais) e -22,24% do Euro Stoxx 50 (índice de ações europeias). O Ibovespa, por outro lado, apesar de abaixo das expectativas, apresentou retorno levemente positivo, fechando o ano com 4,69% de rentabilidade.
A taxa de juros doméstica, Selic, que iniciou o ano em 9,25%, terminou no patamar de 13,75%, após mais um ano de forte atuação do Banco Central na tentativa de controlar a onda inflacionária. Por sua vez, a inflação medida pelo IPCA, impactada pela citada atuação do Banco Central e pela redução dos preços dos combustíveis, fechou o ano em 5,78%. Ainda assim, o resultado mais uma vez foi superior ao teto de meta.
Já os principais indicadores de renda fixa atrelados à inflação também sofreram com as aberturas das taxas de juros e apresentaram retornos abaixo do CDI e da Selic em 2022. Com efeito, o IMA-B 5+, IMA-B e IMA-B 5 trouxeram rentabilidades de 3,30%, 6,37% e 9,78% no ano, respectivamente.
Veja gráfico que ilustra o desempenho de alguns dos principais índices do mercado em 2022:
Rentabilidades Libertas
Confira abaixo os retornos consolidados dos planos de previdência em 2022 e o desempenho por segmento:
Os planos de Contribuição Definida (CD), no período, apresentaram rentabilidades inferiores às dos planos de Benefício Definido (BD), muito em função de serem planos que, conforme determina a legislação, têm seus ativos de renda fixa marcados à mercado e, por isso, sofrem com as oscilações de curto prazo dos títulos públicos. Já os planos BD, possuem alocação quase integral em papéis marcados na curva e, desta maneira, passam por menos oscilações.
Além disso, os planos CD possuem um perfil de alocação diferenciado com maior exposição aos demais segmentos como renda variável, multimercado e exterior, sendo que este último foi o principal responsável pela queda da rentabilidade no ano de 2022, ao contrário de 2021, no qual haviam apresentado as maiores rentabilidades por segmento.
Veja exemplo do comportamento da marcação na curva vs. marcação à mercado:
Ações da Libertas em 2022
O mercado financeiro, usualmente, opera em ciclos de altas e baixas, sendo que momentos de crise costumam apresentar diversas oportunidades. Neste sentido, a equipe de investimentos da Libertas aproveitou o conturbado cenário de curto prazo para realizar movimentos com objetivo de melhoria da formação de reserva previdenciária e a preservação de capital no médio/longo prazo.
Com efeito, foi implementada uma estrutura de fundos exclusivos que permite à Libertas tornar sua gestão de investimentos ainda mais eficiente, com acesso a gestores especializados nas mais diversas estratégias e classes de investimentos, permitindo maior diversificação e agilidade na tomada de decisões.
Além disso, a Libertas aproveitou oportunidades geradas pelo cenário adverso para otimizar o retorno no médio/longo prazo, ainda que o cenário de oscilações do curto prazo tenha sido prejudicado. Assim, com a abertura das taxas de juros, foram realizados movimentos nas carteiras dos planos BD, com redução de segmentos de risco e compras de títulos públicos acima das metas atuariais, de forma a reduzir a volatidade e trazer um melhor casamento entre os ativos dos planos e os seus compromissos previdenciários de pagamento de benefícios.
Já nos planos CD, foram feitos ajustes nas exposições, aproveitando oportunidades nos segmentos de renda fixa, renda variável, multimercado e exterior, principalmente através de alocações em ativos que se encontram depreciados em razão do momento de baixa do mercado.
Tudo isso, traz um aumento do retorno projetado dos planos. Significa dizer que a Libertas tem aproveitado as oportunidades geradas pelo atual ciclo de baixa do mercado, visando retornos consistentes no médio/longo prazo, para a formação de benefícios que promovam a aposentadoria e qualidade de vida de seus participantes.
Por fim, a Libertas destaca que segue monitorando atentamente o cenário macroeconômico e seus desdobramentos, comprometida a entregar uma gestão sólida e segura dos recursos, sabendo que oscilações de curto prazo são comuns, principalmente quando se tem um horizonte de investimentos de médio/longo prazo inerente ao caráter previdenciário.