Nos dias 3 e 4 de novembro, a Libertas promoveu a segunda edição do Seminário de Investimentos, Riscos e Compliance. O evento contou com debates para o setor previdenciário sobre assuntos como o cenário econômico nacional e global, o contexto político 2023 e investimentos ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança). Outro foco importante das discussões foi a Gestão de Riscos e Compliance, já que sua crescente adoção pelas estruturas corporativas brasileiras é um fenômeno recente, porém em rápido processo de consolidação.
Segundo Poliana Lemos, gerente de Compliance da Libertas, vive-se hoje na era da reputação, e práticas que arranhem a imagem das empresas podem destruí-las em pouquíssimo tempo e, muitas vezes, sem espaço para defesa. “A Gestão de Riscos e Compliance é o conjunto de mecanismos destinados a prevenir, detectar e remediar desvios e atos lesivos praticados contra uma empresa”, disse, reforçando a importância do encontro: “É uma inovação em nosso segmento ter momentos para compartilharmos questões estratégicas com parceiros”.
Além da participação de importantes nomes do setor, profissionais de outros segmentos fizeram parte das mesas de debates trazendo um olhar mais amplo e “fora da caixa” sobre Gestão de Riscos e Compliance. “As discussões levantadas demonstraram que estamos no caminho certo, estamos satisfeitos com a nossa evolução neste ano tão desafiador e entusiasmados em levar adiante essa bela jornada, com muito ainda a percorrer”, avalia.
Cenários, desafios e perspectivas
Em um ano eleitoral e de incertezas no mercado financeiro, essas questões não poderiam ficar de fora. José Luciano de Mattos Dias, sócio-diretor da CAC Consultoria Política, apresentou uma evolução histórica sobre a composição dos governos dos últimos anos, e disse que a formação do próximo governo certamente será de coalisão. Ele afirmou, também, que a PEC da Transição visa evitar uma ruptura fiscal, com a complementação de verbas para programas assistenciais fora do teto de gastos.
Os economistas Mateus de Melo Hachul, especialista de Portfólio no Itaú Asset Management, Paulo Sergio Manzione, gerente de Divisão Atacado e Institucionais do Banco do Brasil e Guilherme Benites, sócio e diretor da Aditus Consultoria Financeira, traçaram um panorama econômico nacional e global, com os principais desafios enfrentados em 2022 e as perspectivas para 2023. Eles projetam uma taxa de crescimento do PIB em 2022 em torno de 3%. A atividade econômica mais forte a partir do 3º trimestre reforça a expectativa de superavit fiscal no ano.
Segundo os especialistas, o Brasil encontra-se em uma posição relativamente mais confortável que os demais países e “a incerteza lá fora é muito maior que a incerteza aqui”. A previsão é de uma inflação de 5% no ano que vem e de que algumas dificuldades sejam impostas pelo maior custo de vida, redução na atividade e redução de preços das commodities. Além disso, a flexibilização da política monetária deve ter início no segundo trimestre de 2023. Acreditam que a Selic ficará em 10% em 2023 e chegará a 8% em 2024.
Orçamento de risco e investimentos ESG
Um dos critérios mais relevantes na hora de elaborar onde vamos investir de acordo com cada plano é decidir o seu Orçamento de Risco. Qual é a melhor relação risco/retorno para cada tipo de plano, para cada tipo de produto que a gente tem? Este foi o tema da palestra “Orçamento de Risco para o Asset Allocation de Políticas de Investimentos”, que tratou de como definir a alocação mais eficiente. Em seguida, foram mostradas as principais oportunidades e desafios em 2023 para alocação onde é permitido pela legislação aos fundos de pensão.
Graças à preocupação crescente da sociedade e do mercado com as questões ambientais, sociais e de governança, os investimentos ESG também entraram na pauta do segmento previdenciário. “O mercado de investimentos sustentáveis atingiu mais de 35 trilhões de dólares. O capitalismo consciente tem ganhado espaço no Brasil e várias consultorias já usam critérios ESG nas análises das empresas, tanto para a parte de renda variável quanto para a parte de crédito”, explicou Nayara Queiroz, gerente de Investimentos da Libertas.
“Dentro da Libertas criamos um grupo de trabalho que adota critérios ESG para nossos investimentos. Demonstramos, assim, para todos os nossos participantes que a Fundação Libertas está comprometida com a sustentabilidade”, concluiu.
Relembre os temas e convidados do evento
03/11
Abertura – Lucas Nóbrega, Diretor Presidente
Governança e Gestão de Riscos em Tempo de Inovação – Desafios e Contradições
Mesa de Debates: Sistema de Gerenciamento de Riscos e Compliance
Desafios para a Governança e gestão de riscos: como garantir o compliance em diferentes planos.
Excelência em controle interno: uma caminhada
Mesa de debates: A atualização constante dos programas de Compliance e os desafios para o amanhã
04/11
Abertura – Rodrigo Barata, Diretor de Investimentos da Fundação Libertas
Cenário Econômico Nacional/Global
Cenário Político 2023
Investimentos ESG
Orçamento de Risco para o Asset Allocation de Políticas de Investimentos
Mesa de Debates: Asset Allocation
Encerramento Rodrigo Barata, Diretor de Investimentos da Fundação Libertas