Quando o assunto é planejamento financeiro para o futuro, muitas pessoas se deparam com a dúvida sobre onde investir seu dinheiro: previdência privada ou poupança? Cada uma dessas opções tem suas vantagens e desvantagens, e a escolha ideal depende de fatores como objetivos financeiros, perfil de risco e horizonte de investimento. Nesta matéria, vamos comparar a previdência privada e a poupança, destacando a rentabilidade, benefícios fiscais e outros fatores importantes para ajudar você a tomar a melhor decisão.
1. Rentabilidade: quem ganha a disputa?
A rentabilidade é um dos fatores mais críticos ao escolher entre previdência privada e poupança. A poupança é conhecida por sua baixa rentabilidade. Atualmente, ela oferece um rendimento anual de cerca de 6,17% ao ano, dependendo da Taxa Selic e da Taxa Referencial (TR) (fonte: Banco Central do Brasil). Esse rendimento é considerado baixo, especialmente em cenários de inflação elevada, onde o poder de compra do dinheiro depositado pode não acompanhar o aumento dos preços.
Por outro lado, a previdência privada geralmente oferece uma rentabilidade superior, pois permite que o investimento seja diversificado, incluindo fundos de renda fixa, multimercado e renda variável. Esses fundos têm o potencial de proporcionar retornos mais altos a longo prazo, especialmente para quem tem um horizonte de investimento mais extenso e está disposto a assumir maiores riscos. Em 2023, os planos de previdência de Contribuição Definida (CD) administrados pela Libertas renderam 12,19%, enquanto a poupança rendeu 8,03%, por exemplo.
2. Benefícios fiscais: um atrativo da previdência privada
Além da rentabilidade, outro fator que torna a previdência privada atraente são os benefícios fiscais. Olhando para o curto prazo, destacamos que as contribuições feitas para planos do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) podem ser deduzidas da base de cálculo do Imposto de Renda, até o limite de 12% da renda bruta anual tributável. Essa dedução é uma vantagem considerável, já que permite reduzir o valor a pagar ou aumentar a restituição na declaração anual do Imposto de Renda, enquanto o montante investido cresce ao longo do tempo. Já no longo prazo, a depender do regime de tributação escolhido, quanto mais tempo o dinheiro fica investido, menor é a alíquota do imposto de renda na hora do resgate, podendo chegar a 10% para investimentos acima de 10 anos.
Por outro lado, os rendimentos da poupança são isentos de imposto de renda para pessoas físicas, o que é uma vantagem, especialmente para investimentos de curto prazo. No entanto, a baixa rentabilidade da poupança faz com que, mesmo sem a tributação, o retorno financeiro seja significativamente inferior ao dos planos de previdência em prazos mais longos.
3. Liquidez e flexibilidade: quando precisar do dinheiro importa
Outro ponto de comparação entre previdência privada e poupança é a liquidez. A poupança tem alta liquidez, permitindo saques a qualquer momento sem perda de rendimento, o que é ideal para quem precisa de uma reserva de emergência. No entanto, essa mesma facilidade de acesso ao dinheiro pode ser uma desvantagem para quem deseja construir uma reserva a longo prazo, pois aumenta a tentação de utilizar os recursos para gastos impulsivos.
A previdência privada, por outro lado, é uma aplicação de longo prazo, geralmente planejada para o período de aposentadoria. Alguns planos permitem resgates antecipados, mas isso pode envolver a perda de parte dos benefícios fiscais e a incidência de alíquotas de imposto de renda mais altas, dependendo do tempo de aplicação e do regime tributário escolhido. Essa menor liquidez, no entanto, pode ser uma vantagem para quem deseja criar uma disciplina de poupança de longo prazo.
4. Segurança: onde seu dinheiro está mais protegido?
A segurança do investimento é uma preocupação comum. A poupança é garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$ 250 mil por CPF, por instituição financeira. Isso significa que, mesmo que o banco venha a falir, seu dinheiro está protegido até esse limite.
Já na previdência privada fechada (como a Libertas), os fundos são administrados por gestores especializados e estão sujeitos a uma rígida regulamentação governamental da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC). Além disso, os recursos são segregados do patrimônio da entidade, ou seja, mesmo em caso de falência da instituição, o dinheiro investido não é afetado diretamente.
Mas e então, qual é a melhor opção para você?
A escolha não precisa ser entre previdência privada ou poupança! Um tipo de investimento não exclui o outro, e podem utilizados com objetivos diferentes. Para quem busca uma rentabilidade maior e está disposto a investir por um período mais longo, a previdência privada pode ser uma ótima opção, especialmente se você tiver acesso a um plano de previdência complementar fechado, oferecidos como benefícios por empresas para seus colaboradores, geralmente acompanhados de contrapartidas que chegam a dobrar o valor investido todos os meses. Além de contar os benefícios fiscais e a rentabilidade dos investimentos dos planos. Já a poupança pode ser adequada para quem precisa de alta liquidez e prefere um investimento com menos riscos, mesmo que isso signifique um retorno financeiro mais baixo.
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