Resultados dos investimentos: agosto de 2023

Criado em em: 26 de setembro de 2023 / Atualizado em: 26 de setembro de 2023 Visualizações: 724

Em um cenário econômico de várias incertezas e de uma política monetária ainda restritiva nas principais economias, o expressivo movimento na renda fixa global foi o foco das discussões dos mercados no mês de agosto. A alta dos juros de longo prazo ao redor do mundo, em especial nos Estados Unidos que chegaram a 0,09% de abertura, resultaram em alta no dólar e quedas nos ativos de risco.

O dólar que vinha de dois meses consecutivos de desvalorização frente ao real, alcançou alta de 3,80% no mês. A bolsa americana, representada pelo índice S&P 500, apresentou queda de 1,77% (em dólar). Ainda neste contexto, os Estados Unidos continuam como destaque de crescimento, enquanto a Europa e a China decepcionam as expectativas diante cenário turbulento.  

No Brasil, a câmara aprovou o texto final do novo arcabouço fiscal com algumas alterações. A exclusão do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e do Fundo Constitucional do Distrito Federal do limite de gastos foi acatada, enquanto as despesas com ciência, tecnologia e inovação permanecem dentro do escopo da regra. Tais alterações estão no radar da ancoragem fiscal e o governo segue pautando medidas arrecadatórias para que o resultado primário previsto para o ano que vem seja alcançado. Neste sentido, a questão da arrecadação do governo federal somada às incertezas das medidas que serão aprovadas pelo Congresso, fomenta a discussão sobre uma possível revisão do resultado primário para 2024.  

Na política monetária, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) iniciou o ciclo de relaxamento monetário com um corte de 0,50% p.p. (ponto percentual) e sinalizou pouca propensão para mudar o ritmo em suas próximas reuniões, atribuindo o ritmo para possíveis novos cortes à melhora significativa da dinâmica inflacionária. Como resposta, as taxas dos títulos públicos federais de vencimento mais curtos, mais impactadas pela condução da política monetária, chegaram a cair cerca de 0,20% p.p.. Já as taxas dos títulos mais longos chegaram a aumentar aproximadamente 0,20% p.p., haja vista que são mais sensíveis às mudanças estruturais da economia usualmente atreladas a condução da política fiscal.  

Os impactos políticos não pararam na renda fixa e a pressão sobre as empresas também é realidade. A realização de ganhos em função do corte da taxa de juros local, as taxas mais atraentes do mercado norte americano e os dados fracos de atividade econômica chinesa, principal parceiro de negócios das empresas brasileiras, afugentaram capital do investidor, de forma que o índice Ibovespa recuou 5,05% no mês.  

Diante deste contexto, o resultado consolidado dos planos da Libertas foi de 0,57% no mês de agosto.

Os planos da modalidade de Benefício Definido, mais indexados à inflação, com mínima exposição à ativos de risco e com a possibilidade de marcação na curva, alcançaram 0,70%.  

Já os planos da modalidade de Contribuição Definida, que por exigência legal tem seus ativos de renda fixa marcados à mercado e exposição a segmentos como a renda variável, foram afetos pelos fatos citados acima e obtiveram retorno de 0,48%.